Tromboembolismo Pulmonar (TEP)
Consiste na obstrução da artéria pulmonar e/ou seus ramos por coágulos migrados de veias sistêmicas ou das câmaras cardíacas direitas, sendo na atualidade a principal causa de morte evitável no âmbito hospitalar, apesar de todos os meios diagnósticos e terapêuticos vigentes. Por tanto, é extremamente importante o conhecimento sobre o assunto, para que se possa diminuir essa incidência de óbitos.
A mortalidade sem tratamento é de 30%, no entanto, sendo instituído o tratamento essa taxa de mortalidade passa para 2 a 8%. Sabe-se ainda que 70% dos casos são descobertos em autópsias (não foram diagnosticados).
O principal foco de embolia pulmonar são as TVP (trombose venosa profunda) dos membros inferiores, correspondendo a 70-90% dos casos.
Há vários fatores de risco para TEP, estes podem ser primários, tais como distúrbios da coagulação; bem como secundários: gravidez, puerpério, idade avançada, ICC, trauma, fraturas, anticoncepcionais orais, TEV prévio, IVC, neoplasias, cirurgias > 30min, AVC, obesidade.
O sintoma mais frequente é a dispnéia (até 80%), bem como o sinal mais frequente é a taquipnéia (até 70%).
O tratamento é feito prioritariamente a base de anticoagulantes para a maioria dos casos, sendo que nos casos de TEP maciço com instabilidade hemodinâmica (choque cardiogênico) há a necessidade de fibrinólise. O cirurgião vascular tem a formação adequada para conduzir tais casos, sendo por tanto importante a avaliação por esse especialista nos casos de TEP.