Pé Diabético

O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina, na sua ação ou em ambos os mecanismos.

O Ministério da Saúde declarou em 2016 que 8,9% da população brasileira acima de 18anos tem diabetes, sendo 9,9% mulheres e 7,8% homens. Houve o acréscimo de 62% dos casos em uma década (2006-2016).

Em 2017, a OMS evidenciou que 8,8% da população mundial tem DM, o que equivale a 425 milhões de pessoas. Se houver persistência da incidência da doença nos mesmos patamares atuais, há uma projeção pela OMS de que em 2050 haverá 9,7bilhões de pessoas com diabetes, o equivalente a 1/3 da população mundial. 

O que gera preocupação maior ainda é o fato de mais de 50% dos pacientes diabéticos não saberem se quer que já são doentes, tendo alguns o diagnóstico só no momento de uma complicação.

Segundo a OMS, o pé diabético consiste numa infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e vários graus de doença arterial periférica nos membros inferiores. O pé diabético é considerado uma complicação do Diabete mellitus e a maior causa de amputações de membros inferiores.

Dados da OMS mostra que a cada minuto há 5 amputações no mundo devido a pé diabético, ou seja, a cada 20 segundos uma pessoa perde um membro no mundo. Sendo que 85% dessas amputações são precedidas por uma úlcera, a qual poderia ter sido evitada com o acompanhamento e cuidado adequado.

As taxas de recidiva são altas após a cicatrização de uma úlcera/ferimento chegando até 75% em 5anos, visto que o paciente com neuropatia e/ou vasculopatia mantém-se com grande risco de novas lesões, e portanto é imperativo o acompanhamento adequado com equipe multidisciplinar, da qual o cirurgião vascular faz parte.

Os 12 mandamentos do pé diabético para prevenir lesões e ampurações:

1. Não fazer compressas nos pés (nem quente, nem fria, nem gelada).
2. Usar meia sem costura ou usá-la com a costura para fora.
3. Não remover as cutículas das unhas do pés.
4. Não usar sandálias com tiras entre os dedos.
5. Cortar as unhas retas e acertar os cantos com lixa de unhas.
6. Hidratar bem os pés.
7. Nunca andar descalço.
8. Olhar sempre a planta do pé e tratar logo qualquer
arranhão ou ferimento.
9. Não usar sapato apertado ou de bico fino.
10. Tratar as calosidades com profissionais da saúde.
11. Olhar o interior do sapato antes de usá-lo.
12. Enxugar bem entre os dedos depois do banho.